“Ser santo é querer aquilo que Deus quer, como ser sábio é julgar as coisas como as julga Deus”.

Pai Filippo, de alma verdadeira e profundamente contemplativa, percorreu a própria jornada em doce silêncio e no recolhimento contínuo de quem vivia sempre na presença de Deus, contemplando o Amor absoluto a cada instante. Era movido por determinada e concreta confiança em tornar o Reino de Deus conhecido aos surdos e a todos que se aproximavam dele.

O baluarte São Francisco de Sales descreve: “Não querer outra coisa fora de Deus é a causa final da oração e, nesta, é incluída toda a perfeição, pois a união consiste em querer o querer de Deus”. Assim, ser Salesiana é viver a vocação contemplativa apostólica. É contemplar e experimentar, do coração de Cristo, a alegria da pertença, do Effathá (Abre-te), da entrega, do abandono de uma alma esposa que deseja ardentemente estar com o Esposo no cotidiano e, em todo o tempo e lugar, ser para Ele no coração um altar eucarístico. Um que se entrega ao outro, onde Ele pode descansar e, na intimidade, amar e lhe falar ao íntimo.

Vivemos essa missão nos sagrados corações de Jesus e de Maria e seguindo os passos de São Filippo, que aprendeu de Sales uma vida com mais fidelidade à caridade, à paciência, à mansidão e à docilidade que a Salesiana vive na espiritualidade e no carisma, tocando o coração dos surdos, tão caros para o fundador.